sábado, 9 de julho de 2022

A PANIFICADORA DE VILA REAL DE NADIR AFONSO - crónica de uma demolição



 Coordenação Laura Afonso

ISBN:978-989-8248-11-4

Parte II

A panificadora um ensaio pedagógico - Anabela Quelhas

Pág157 a 168 

[Espaço Miguel Torga]

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

“1965, PANREAL UM EDIFÍCIO DE NADIR AFONSO” filme de José Paulo Santos

 



Por: Anabela Quelhas 

Há 30 anos, quando decidi viver em Vila Real, os meus amigos perguntaram-me: 

— Que encantos tem Vila Real, para ires viver para a parvónia? 

Expliquei sobre uma cidade pequena com tradição, com história, o regresso às minhas origens visigóticas e talvez pagãs, as vantagens de viver numa cidade pequena, com pessoas genuínas que conviviam e negociavam com as pessoas das aldeias próximas, às terças e sextas, dias de mercado, e todos os dias na praça de S. Pedro. Expliquei-lhes sobre o chamamento do telúrico tão bem descrito por Torga, o mar de pedras, de economizar tempo em transportes, viver a 5 minutos do meu local de trabalho… expliquei-lhes sobre o cabrito no forno, os doces conventuais, sobre os canastros e as cascatas do Alvão. Finalmente arrumava com eles falando sobre Panóias, Nasoni e uma obra de Nadir Afonso, que admirava todos os dias e me fazia viajar no tempo até Le Corbusier, Óscar Niemeyer e o meu conterrâneo, Vasco Vieira da Costa.

 Após os meus argumentos, eles diziam:

 — Quando podemos ir aí passar o fim-de-semana?

Agora perguntam-me, porque continuas aí?

 — Estou aqui, não sei até quando… a história não se apaga, as minhas origens continuam, a cidade continua pequena, porém, profundamente alterada, eu não mudei de casa mas agora posso demorar 30 ou 40 minutos para regressar do trabalho, porque a organização do trânsito piorou, (eu explico, nas eles não entendem)  pago estacionamento em qualquer sitio do centro, deixei de ter visitas, porque não têm onde estacionar o carro, estou a perder qualidade de vida, tenho um grande Lidl e não estou feliz, já não me lembro de Nadir, só penso em promoções de cuecas, grelhadores e couve roxa. As pessoas do campo já não se encontram com as da cidade, agora, sem distinção, passam os fins-de-semana no Shopping. Como menos cabrito e mais hambúrgueres e pizzas.

 Após os meus desabafos, eles dizem-me:

 — Vem até aqui, pelo menos vês o mar.

 Hoje ao final da tarde, entrei no Jardim da Carreira, cumprimentei Laura Afonso, reforçamos a nossa cumplicidade, falei pela primeira vez com uma professora da Utad e ao fim de meia hora, ela lamentava-se de ter trocado o Porto por Vila Real, apresentando as suas decepções sobre a pequena elite que gere, e mal, a cultura em Vila Real, ouvi, concordando e discordando, consoante os casos. Fiquei a pensar no desânimo de alguém que já gostou muito desta cidade e actualmente pretende sair daqui, rapidamente — mágoas urbanas e culturais.

Seguiu-se a apresentação do filme de José Paulo Santos sobre a panificadora demolida.

Fui a primeira a chamar à razão os cidadãos da Bila, para este caso do seu património, depois ganhei distanciamento à causa, faltando-me resiliência às questões políticas e às estratégias pouco transparentes utilizadas, que já adivinhava que terminariam mal. Hoje também me afastei um pouco, permanecendo no local, de forma discreta, porque me emociona esta causa perdida, por lamentar que os cidadãos e os responsáveis políticos não respeitem a cultura e o património de todos. Opor a um ícone da arquitectura portuguesa, que nos leva aos gigantes da arquitectura do século XX, um supermercado cheio de bróculos, papel higiénico e farelos de aveia, deixa-me desconfortável e preocupada. Acho tudo isto incrivelmente pequenino. Nem um painel de azulejos de Nadir apagará esta vergonha, pelo contrário, é uma solução tão ridícula que acentua a vergonha. Prefiro o vazio.

Parabéns Zé Paulo, fica o registo cinematográfico da nossa memória. Obrigada.  


domingo, 9 de abril de 2017

AGORA É TARDE

Estava a 1000km de Vila Real e recebo três sms com a notícia da demolição da panificadora e mensagens respectivas:
1 – Sem comentários!!!
2 – Olha para isto!!! Quelhas, não fazes nada?
3 – Professora, perdemos a luta, rebentaram com a panificadora, não serviu de nada o trabalho que fizemos na escola.

Nem sei o que devo dizer/escrever e não ouso partilhar o que já me passou pelo pensamento.
Sinto-me triste.
Vila Real acaba de perder um edifício com algum valor arquitectónico e a culpa não é de ninguém, dizem. Nunca ninguém tem culpa de nada. Dizem que a culpa morre sempre solteira.
Se alguém pensa que um edifício de apartamentos será um ponto de atração para forasteiros virem visitar à cidade….
Se alguém pensa que um caixote qualquer pode gerar orgulho nos habitantes desta cidade…
Se alguém pensa que uma máquina a derrubar paredes dará brilho à nossa identidade…
….tstststst desenganem-se.
Não culpo o proprietário do edifício, seja um tal senhor da Régua ou seja a cadeia dos supermercados LIDL, ou seja quem for…. Até admiro a sua paciência e tolerância pela indefinição que certamente se rodeia este investimento.
Sinto-me triste pela inercia das instituições, pelo “deixa andar” ao longo de 20 anos, dos que gerem a nossa cultura e o nosso património,  … mesmo sem dinheiro é possível fazer tanta coisa, entre as quais classificar, proteger, legislar e informar.
Não deveriam ser os cidadãos a propor a integração de determinado edifício como património, o IPPAR, a Secretaria de Estado da Cultura, as Câmaras Municipais e Juntas de freguesia, deveriam ter os seus territórios inventariados, evitando a revolta e a indignação dos cidadãos. As instituições estão cheias de arquitectos, engenheiros, economistas e a fina flor do conhecimento, e o q fazem?
Sabem, fico triste porque o Pioledo já não existe, os SLAT também não, a casinha dos azulejos da rua Visconde de Carnaxide cedeu espaço para a rotunda, a tasca do alemão fechou, o Excelssior eclipsou-se, o jardim da avenida foi decepado, os brasões estão esquecidos nas bordas de um jardim…  Sabem, fico triste, porque a seguir, serão as adufas que irão apodrecer, será a varanda renascentista que se irá desmontar, serão os brasões que irão perecendo em nome do progresso. Um dia cairá o coreto do jardim da carreira, o jardim será transformado em parque de estacionamento, o telhado da igreja de S. Dinis ruirá completamente, já ninguém saberá do Espadeiro e a casa de Diogo Cão passará a ter um chinês na máquina registadora. Nesse dia o Carvalho Araújo fará um manguito a esta cidade. Somos pobres, cada vez mais pobres, com a mania que somos os maiores.
Isto representa trinta anos de sucessivas asneiras e perdas.
Ah mas temos um LiDL, um Continente, um Shoping, um MacDonald, um teatro, um museu, rotundas e edifícios gigantescos que parecem caixotes fatiados, que tanto poderiam estar aqui como em qualquer ponto do planeta.

“Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) abriu agora o processo de forma “a impedir danos continuados no imóvel em vias de classificação”, informou este organismo, que considerou que o edifício está em risco.
AGORA É TARDE!!!!!

Sinto-me triste… uma tristeza que engloba dezenas de alunos, respectivas famílias, e alguns Vila-Realenses que acompanharam toda a tentativa de preservar o edifício.
- Bruno, confirmo, perdemos a luta, não serviu de nada o nosso trabalho.
- … e não faço nada, já fiz a minha parte e há um registo na net para quem quiser consultar.
Copio a parte final da minha acção (9/06/2014)
Avaliação
Este foi um tema muito oportuno para levar os alunos a pensar na sua cidade, despertando as suas consciências como cidadãos críticos e intervenientes e ampliando os seus conhecimentos culturais e estéticos.
Lancei este tema sem antecipar que seria desenvolvido em simultâneo com o desaparecimento do grande artista plástico. Tive o privilégio de provocar ainda os últimos sorrisos de Nadir ao comunicar-lhe o entusiasmo que rodeava este projeto de trabalho.
A minha tarefa termina aqui.
Relembrei à população de Vila Real, como é necessário estar atenta para conservar o seu património, divulguei a obra de Nadir Afonso e solicitei à Câmara Municipal a classificação da panificadora de Vila Real.
Fica aqui o registo de toda a dinâmica realizada.
Bem hajam a todos

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Avaliação

Este foi um tema muito oportuno para levar os alunos a pensar na sua cidade, despertando as suas consciências como cidadãos críticos e intervenientes e ampliando os seus conhecimentos culturais e estéticos.
Lancei este tema sem antecipar que seria desenvolvido em simultâneo com o desaparecimento do grande artista plástico. Tive o privilégio de provocar ainda os últimos sorrisos de Nadir ao comunicar-lhe o entusiasmo que rodeava este projeto de trabalho.
A minha tarefa termina aqui.
Relembrei à população de Vila Real, como é necessário estar atento para conservar o seu património, divulguei a obra de Nadir Afonso e solicitei à Câmara Municipal a classificação da panificadora de Vila Real.
Fica aqui o registo de toda a dinâmica realizada.
Bem hajam a todos
Anabela Quelhas

EXPOSIÇÃO FINAL DO ANO LETIVO

Todos os alunos do 2º e 3º ciclos desenvolveram trabalhos de recriação da obra de Nadir Afonso.
A mostra realizou-se durante o mês de junho de 2014 nas bibliotecas da Escola EB Monsenhor Jerónimo Amaral e Escola Secundária Morgado de Mateus.
Professores orientadores: Anabela Quelhas, Antório Carquejo, António Pena Gil, José Seixas, Maria José, Vitor Pinto
 
 
























quinta-feira, 3 de abril de 2014

EXPOSIÇÃO DOS TRABALHOS SOBRE NADIR AFONSO - 9º ANO - MUSEU DE NUMISMÁTICA DE VILA REAL

Expõem-se diversos trabalhos sobre o grande mestre Nadir Afonso, artista plástico português, recentemente desaparecido.
Estes trabalhos são o resultado de uma unidade de trabalho desenvolvida na disciplina de Educação Visual, por alguns alunos do Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus, no final do ano 2013 e orientados pelos docentes Anabela Quelhas e Vítor Pinto.
Porque acreditamos que uma escola deve ser ativa, criativa e interveniente, enveredamos por este caminho de análise urbana associada à única obra que o arquiteto Nadir Afonso realizou em Vila Real – panificadora de Vila Real.
Sensibilizar para o património construído, despertar as consciências para as propostas estéticas deste mestre e  promover a multicultaridade, foram os objetivos desta ação.
Nesta exposição figuram recriações das suas pinturas (organicismo, fratal, pré-geometrismo e período perspetivo), trabalhos de investigação, trabalhos analíticos da panificadora, retratos do mestre, etc.
Todo o trabalho foi planificado com o conhecimento do mestre Nadir, poucos meses antes de falecer, que nos deu apoio através da disponibilização de livros publicados acerca da sua obra e através de pequenas mensagens trocadas numa rede social.
Sentimos algum entusiasmo do outro lado e verificamos que foi acompanhando o desenvolvimento do trabalho da turma 9º D, através de um blog construído para esta ação.
O trabalho concluiu-se com um ofício enviado para a Câmara Municipal de Vila Real, solicitando a classificação do imóvel como Património Municipal.
Entretanto o mestre faleceu mesmo no final do nosso trabalho. Os alunos ficaram tristes pois pretendiam agendar um encontro com Nadir Afonso...
A obra fica e o conhecimento também.
NADIR AFONSO vale sempre a pena!
Anabela Quelhas


e
EXPOSIÇÃO DOS TRABALHOS REALIZADOS SOBRE A OBRA DE NADIR AFONSO
De 31 de Março a 5 de Abril de 2014
Explorações plásticas tendo como modelo orientador a obra de Nadir em diversas fases. Análise urbana da panificadora de Vila Real e tentativa de recuperação desta obra única.
Trabalhos emoldurados a azul - 9º D
Outros - restantes turmas do 9º ano
Docentes - Anabela Quelhas e Vitor Pinto





terça-feira, 29 de outubro de 2013

COMO CONSULTAR O BLOGUE

O blogue foi construído por forma a facilitar a consulta dos cibernautas, assim basta procurar as etiquetas localizadas na coluna da direita e clicar.
O blogue aceita comentários.
Grata pela sua atenção.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Agradecimentos

Agradeço,
 à direcção do Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus que sempre confia nas minhas ideias,
 ao jornal regional Notícias de Vila Real,
 ao projecto Comenius que permitirá uma visibilidade europeia deste projecto,
 à Rede de Bibliotecas Escolares de onde recolho muitos ensinamentos,
 aos meus colegas de grupo disciplinar, que certamente irão dar continuidade a este estudo e o irão enriquecer,
ao Mestre Nadir Afonso que muito admiro e que acompanhou tudo desde o início, simplesmente como observador, sem qualquer interferência, cumprindo uma postura de grande liberdade e respeito por este modesto trabalho.
aos meus estimados alunos que se empenham e dão o seu melhor para responder aos meus desafios,
e a todos os outros colaborades que de alguma forma tornaram esta experiência possível.

Conclusão

CONCLUSÃO:
Trabalho concluido por parte dos alunos. 
O objectivo primordial de sensibilização  para a preservação do património foi atingido com sucesso. Foi com entusiasmo que vi os meus alunos a dialogar sobre os problemas urbanos e a exercitar o desenho de observação. 
Agora será necessário iniciar um caminho de consciencialização dos restantes cidadãos e sensibilizar a autarquia. O primeiro passo é a classificação do imóvel como património municipal. Depois deverão ser elaborados estudos para encontrar soluções por profissionais, que conciliem a forma, com a função e com a parte económica. Recorde-se que este edificio não é um edifício público, pertence a um particular e obviamente é necessário zelar também pelo interesse deste, mas nunca esquecendo a identidade do edificio, o interesse da comunidade e a opinião do seu autor.
Por favor ajude a divulgação desta experiência.
Nós fizemos a nossa parte.

Exposição no Museu de Vila Real

em construção (março de 2014)

domingo, 27 de outubro de 2013

Café cheio de ... palavras

(em construção) 4 de dezembro

Tentativa de classificação

Para além dos meios utilizados para divulgação, o trabalho realizado será enviado para a Câmara Municipal de Vila Real e IPAR, numa tentativa de que este edifício seja classificado como património municipal.

sábado, 26 de outubro de 2013

Opiniões dos alunos

Os alunos leram os vários textos, reflectiram sobre eles, realizaram debates sobre os mesmos e manifestaram as suas opiniões.  


Transcrevo-as na integra, e esclareço que são alunos com 14/15 anos do 9º ano de escolaridade, com níveis de maturidade reduzida e com expectativas, prioridades e sonhos característicos da sua idade.


Na minha opinião, acho que a obra de Nadir Afonso em Vila-Real é fundamental para a cultura da região.  A sua obra está destruída e dá um ar desagradável ao espaço, as pessoas não estão interessadas nesta obra e não sabem o quanto é importante é esta obra, e com o seu ar lastimável as pessoas não estão tão interessadas neste local.
   Para darmos algum uso a esta obra podiam construir um casino sempre dava algum movimento à cidade e era uma fonte de rendimento.
   Como este projeto era para uma padaria porque que não construíam uma fabrica com melhores maquinas, mas em vez de ser só fabrica ter uma área de lazer, e nessa área podia ser decorada obras de Nadir Afonso como agradecimento por escolher a nossa cidade para construir o seu projeto.
   Este espaço pode ser usado para muitas coisas é só ter criatividade, e apresentar as suas ideias. (Lara Silva)

  - Na minha opinião a Panificadora de Vila Real, pode já ter sido algo muito bom, e produtivo, mas agora está transformada num monte de entulho, e lixo, sujeito a vandalizações, e grafitismo.
- Acho que poderiam remodelar aquilo, e transforma-la em algo novo, atrativo e prático, algo que favorecesse Vila Real, e que trouxesse turistas.(Filipa Penelas)


Tenho a minha opinião sobre a panificadora de Vila Real. Poderiam-na reconstruir, ou aproveita-la para fazer outros edifícios. Apresento várias propostas de novos edifícios, tais como um stand de automóveis no qual os automóveis iriam ser expostos para venda, ou por exemplo um bar de strip, para o lazer maioritariamente masculino e também o emprego maioritariamente feminino, poderiam também criar um campo de golf ou ténis no qual haveria uma equipa. Estas são as minhas  opiniões sobre o aproveitamento do espaço  caso destruíssem a panificadora.(Carlos Nunes)

Acho que seria bom reconstruir a obra de Nadir Afonso porque é sempre bom ter uma panificadora perto de nós. Se fosse para fins diferentes da sua utilização poderia ser para fins culturais como um museu ou para fins caridosos. (Catarina Penelas)


Esta obra de Nadir Afonso é uma obra muito importante para Vila Real. Como o circuito de vila real vai reabrir acho que deviam fazer ali uma oficina ou um museu para exporem os carros esta e a minha opinião (Jorge Rodrigues)

    
Na minha opinião Nadir Afonso tanto é um bom pinto, como um bom arquiteto, e acho que as pessoas deveriam dar mais importância às suas obras, e não as destruírem como fizeram com a padaria que se situa na araucária.
Poderíamos fazer muitas coisas com este edifício, como por exemplo: poderíamos voltar a reconstruir, e tentar criar uma padaria outra vez, mas desta vez teríamos que ver onde é que se errou, o que correu mal, para que desta vez este edifício não voltasse a ficar como ficou, com os vidros partidos, com grafites, abandonado…
Penso que reconstruir a padaria era uma ideia interessante, mas como é um edifício muito grande, também poderíamos fazer uma zona de lanches.
Mas além disso poderíamos fazer outras coisas, como por exemplo também poderíamos fazer um museu com os quadros de Nadir Afonso exposto, acho que seria interessante visto que como este edifício foi “feito”, desenhado por Nadir Afonso penso que ter os seus quadros expostos seria muito interessante e também porque cá em Vila Real não há nenhum museu, pelo menos que eu conheça.
Também poderíamos fazer um espaço diferente como uma universidade de arte, com representação, musica, canto e dança. Penso que esta ideia seria interessante visto que cá em Vila Real não há nenhuma universidade de artes.
Para que isto seja possível, para que poça acontecer é preciso que as pessoas não desistam de investir naquele edifício e que contribuam.    (Ana Santos)

A panificadora de Vila Real é um edifício com muita história. As pessoas que normalmente passam e vêm a panificadora não ligam nada ao edifício e veem-no como degradado e que devia ser destruído, mas na verdade este edifício tinha muito sucesso e era vista como um símbolo único de Vila Real e toda a gente gostava e adorava; agora o edifício devia ser restaurado e transformado para voltar a ser o mesmo símbolo. (Diogo Lopes)

A minha ideia era um sitio para voluntariado onde podíamos arranjar roupa, calçado e livros para as crianças necessárias que não conseguem acabara 1º ciclo, com dificuldades e podíamos arranjar atividades para ganhar algum dinheiro para ajudar algumas organizações do voluntariado. Muitas dessas crianças dão corpo para ajudar a família e muitas deles são obrigadas a trabalhar sem higiene e alimento para ganhar algum dinheiro para ajudar a suas famílias.
Se vais nenhuma cidade teve este ideia de ajudar estes meninos que precisam de tanto, já que nos temos edifício feito porque não aproveitar. Imaginavam a nossa vida sem alimento, higiene, sem abrigo que dão corpo para ajudar a família . Eles não sabem o que é um computador e ainda nós queixamos não termos um tablet ou iphone, eles sem alimento e higiene .
      Esta e minha ideia espero que sirva para alguma coisa. (Renato Lameirão)

A minha opinião é a seguinte:
Este edifício tem muita historia e por um lado eu penso que não deveria ser  destruído
mas sim reconstruido numa nova panificadora pois as pessoas poderiam voltar ao “passado” e voltar às origens aonde iriam buscar pão, mas quando o reconstruissem deveriam olhar aos erros do passado e não os voltar a cometer.
Por outro lado poderiam construir uma nova atração para aquele local como por exemplo uma pista de patinagem de gelo. (António Gonçalo)


Na minha opinião a obra deveria ser recuperada visto ser um património que nos foi deixado pelo grande arquiteto e pintor que é Nadir Afonso. A obra poderia voltar a ser uma padaria como antigamente mas tendo agora em conta os erros que foram cometidos no passado para não os realizar novamente.
            No entanto também acho que poderia haver uma alternativa ao programa e em vez de a panificadora continuar com a sua função original, mudar para atrair mais pessoas e lucro. Eu tenho algumas sugestões como transformá-la num centro de apoio a tóxico-dependentes / sem abrigo sendo dividida em quatro partes: dormitório (havendo um quarto para cada um), uma cantina (onde pudessem comer comidas decentes), uma sala de terapia (onde falariam sobre o que os levou a dependerem de drogas ou o que aconteceu para ficarem sem abrigo) e uma sala de convívio (onde estas pessoas com dificuldades pudessem interagir com outras e partilhar as suas experiências bem como os problemas).
            Também acho que seria de bom proveito ter naquele espaço um cinema ou um restaurante japonês…
            Uma outra ideia que eu tive, foi de aproveitar aquele espaço dividindo-o em diferentes partes, como um local para música, pintura (onde se podiam expor os trabalhos de Nadir Afonso visto que foi o arquiteto que desenhou a obra, mas onde também se podiam expor trabalhos de jovens artistas que se querem “estrear” no mundo artístico), arquitetura (contando também com a exposição de obras de Nadir Afonso), teatro (representação teatral), estética (local com produtos e dicas de beleza), uma sala de futebol (onde se pudessem assistir a jogos importantes), um salão de jogos (com póquer, roleta, jogos de computador, jogo da bisca…) etc.
            Estas são sugestões que eu dou e que acho que valia a pena considerar pois trariam lucro e proporcionariam momentos de lazer para aliviar as pessoas do stress que se vive no dia-a-dia. (Liliana Gache)

Do meu ponto de vista, esta panificadora poderia ser algo mais do que uma simples obra abandonada e destruída, poderia ser reconstruída e transformada numa coisa mais atrativa para as pessoas, por exemplo uma casa de jogos ou uma loja FNAC, assim as pessoas poderiam frequentar mais a casa dos jogos e divertirem-se, e na fnac, as pessoas não se deslocariam a uma distância maior e central para ir a esta livraria. (Mónica Rego)

(com acordo ortográfico)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Grafitos realizados pelos alunos (situação actual)

Os alunos frequentam uma escola próxima da panificadora, conhecem-na, vêem-na quase diariamente. Após a leitura dos textos passaram a observar melhor e a sentir de forma consciente a problemática dos edifícios abandonados e eventualmente o seu valor patrimonial. 
Desenharam através de fotografias.
Passaram a conhecer melhor o edifício e a questionar.
É a esta consciência de cidadãos atentos e intervenientes que se atingiu com este trabalho.





































(clique sobre os grafitos para ampliar)